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sábado, 9 de julho de 2011

O Velho Feiticeiro e Sua Cidade

Era uma vez um velho feiticeiro que vivia em uma cidade portuária. Ele estava muito triste, pois a cidade que tanto amava em breve seria destruída pela guerra.

O velho feiticeiro viu a cidade nascer e crescer, ao redor de um castelo, ao longo dos séculos, desde a época feudal. Ele sempre procurou protegê-la de todos os inimigos, e, nas últimas semanas, vinha usando todas as feitiçarias que conhecia para evitar que sua cidade fosse atingida pelas bombas inimigas.

Já comentavam nas ruas como a cidade vinha sendo poupada. O inimigo parecia sempre preferir escolher outro alvo. Mas isto iria em breve mudar.

Infelizmente, havia um limite para o que o velho feiticeiro poderia fazer sem que percebessem sua presença. Influenciar mentes, fazer pilotos optarem por outros alvos, generais decidirem que outras cidades eram mais importantes, tudo isto era possível, mas havia um limite, e o feiticeiro estava ficando cansado. Ele podia sentir que sua cidade era o próximo alvo, que desta vez os líderes inimigos não iriam mudar de idéia.

O velho feiticeiro suspira, e então toma uma decisão. Ele salvaria sua cidade, mesmo sabendo do preço a pagar, mesmo sabendo que os outros feiticeiros nunca o perdoariam.

Ele começa a preparar seu feitiço, deixando uma marca em cada ponto da cidade, caminhando por horas, formando um ideograma místico de proteção. Um imenso escudo invisível em breve se levantaria por sobre a cidade, e deteria as bombas antes que tocassem o solo.

Quando isto acontecesse, quando todos percebessem que algo mágico estava acontecendo, então saberiam que feiticeiros ainda caminhavam pela terra. Seria a quebra de uma promessa de cinco séculos, mas ele não tinha escolha, ele não permitiria que sua cidade fosse destruída.

E então ele vê, no ar, distante, um borbardeiro inimigo. "A primeira de muitas bombas que virão", ele pensa, "tenho que ser rápido".

Com um gesto final, ele ergue o escudo invisível.

"Jogue sua bomba, que meu escuro resistirá", ele pensa, desafiadoramente, "uma, duas, dez bombas não farão diferença. Mesmo que explodissem a bomba mais forte que já explodiu sobre a terra, ainda assim vocês não conseguiriam atravessar meu escudo mágico, e ferir minha amada Hiroshima".

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