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sábado, 28 de abril de 2012

O Último Rei Orco XI

Era como se ela estivesse sonhando, e nada fosse real. Como se não estivesse caminhando na verdadeira Asikli Hoyuk em que viveu toda sua vida, mas em uma outra, uma cópia distorcida.

Seu pai estava ali, e tudo que ela queria era correr e abraçá-lo, que tudo ficaria bem, mas parecia que seus passos, seus próprios pensamentos, eram guiados por uma outra vontade, e ela se afastou sem olhar para ele.

Em algum lugar muito pequeno, dentro de sua mente, Hina tentava despertar, mas não conseguia.

Seu irmão, cego, seguia a seu lado, segurando firme sua mão, e descrevia o que percebia ao redor,  tanto no presente quanto no futuro. A voz, lenta e monótona, parecia vir de um ser sem vida, sem alma.

- Ao abrir os portões, Orcos virão correndo, armados de machados e espadas. Antes mesmo deles chegarem, flechas já estarão caindo sobre nós. - Ele falou, quando pararam na frente dos portões da cidade.

- Nenhuma flecha nos atingirá - Hina falou, a voz firme e grave não era sua - Nenhum orco ultrapassará o portão.

Os portões se abriram, e eles caminharam para fora das muralhas da cidade.

- Seth, filho de Makel, virá em nossa direção e nos atacará com sua espada. Ele acertará você primeiro, depois a mim.
 
- Seth largará sua espada, sem nos fazer mal, e nos levará até seu pai, o Rei Makel.

Mais frases Tuna falou com uma voz que não era sua, e para cada uma, Hina respondeu com um comando, quase sem perceber, sem lembrar. Quando deu por si, estava na frente do Rei dos Orcos.

- Iremos parar na frente de... - pela primeira vez, a voz de Tuna faltou, e quando ele recomeçou a falar, sua voz já não era convicta - haverá um... alguém... que falará algo...

- Rei Makel, dos Orcos, ajoelhe-se ante os filhos de JUS PATER - Hina ouviu estas palavras sairem de seus lábios.

E então uma pergunta lhe foi feita, e ela respondeu. E algo aconteceu. Algo muito errado.

E Hina despertou de seu quase sono divino.

E começou a gritar.

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