Quando as crianças sairam do Templo, toda uma tarde e toda uma noite haviam passado. Fora, ao lado da porta, um Rei rezava, ajoelhado. Ele deveria estar rezando por seu povo, deveria estar rezando pela vitória dos Homens e derrota dos Orcos.
Ele rezava por seus filhos.
O Rei se levantou, e olhou para as crianças, e depois para o sacerdote, Hodekin, que seguia atrás delas. Tuna trazia uma faixa envolvendo seus olhos, e segurava a mão de sua irmã, que o guiava. Hina tinha o olhar distante, perdido no horizonte. Nenhum dos dois pareceu perceber a presença de seu pai. Apenas o sacerdote olhou para o Rei, um leve sorriso em seu rosto.
- O que você fez com eles, Hodekin?
- Eu, meu Rei? Eu sou apenas um instrumento do poderoso JUS. E agora, também elas o são.
- Tuna, Hina, vocês estão bem. - Nenhuma das crianças lhe respondeu, e elas seguiram em frente, caminhando lentamente, em direção a muralha norte.
- Não as distraia, meu Rei. Elas são agora os olhos e a voz de JUS PATER. Deixe-as ir, enfrentar o Rei dos Orcos.
- E quando o enfrentarem, o que será delas, depois?
- Isto não cabe a mim dizer, meu Rei.
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