Tuna e Hina, o filho homem e a filha mulher do Rei Goldemar entraram no templo de mãos dadas, duas crianças de nove anos, trazidas por Sharazin, uma criada. Seu pai as aguardava, incapaz de esconder a preocupação estampada em seu rosto. Ao seu lado, o sacerdote de JUS PATER, Hodekin, abriu um sorriso ao vê-los.
- Aproxime-se, Tuna, filho do Rei Goldemar e príncipe dos homens. Aproxime-se Hina, filha do Rei Goldemar e princesa dos homens - a voz de Hodekin, melodiosa, combinando com seu sorriso, como se estivesse feliz em vê-los.
As crianças se aproximaram em silêncio, e pararam a um passo de sacerdote, sempre de mãos dadas.
- Crianças, vocês sabem que os Orcos cercam Asikli Hoyuk, a primeira cidade dos homens?
Hina respondeu apenas com um aceno de sua cabeça, enquanto Tuna permaneceu imóvel.
- Digam-me, então, crianças. Eles conseguirão entrar pelos nossos portões? Conseguirão destruir o último templo de JUS e por fim a raça dos homens?
- Não. - Hina respondeu de imediato, a voz firme, os olhos encarando fixamente o sacerdote. Tuna abaixou seu rosto.
- E como você tem tanta certeza, criança?
- Serão os homens a herdar a terra, sacerdote, não os Orcos. Foi a palavra de Jus Pater, e a palavra dele é a verdade. - uma vez mais, Hina respondeu de imediato.
- Ah, a voz de uma criança carrega mais sabedoria que a voz de um rei. Não concorda, Rei Goldemar?
- Ainda não me disse por que as crianças foram chamadas, Hodekin. Foi apenas para continuar a me provocar?
- Ah, não, meu Rei, eu não lhe disse que elas seriam nossa salvação? Elas serão a visão e a voz de JUS PATER na terra. Esta noite serão purificadas, e amanhã, enfrentarão e, com o poder do mais poderoso dos deuses, destruirão o Rei dos Orcos para sempre.
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