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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Rhenos, Viajante do Tempo, e a Derrota da Grécia

Com a derrota da Grécia e sua conquista pelos Persas, uma nova história seria escrita, mais especificamente uma nova história do planeta Terra e da humanidade.

Era um risco para o império Therquiano, mas um risco que teríamos que correr. Todos os cuidados foram tomados, e, agora, desde que eu não tivesse cometido nenhum erro, a incorporação da Terra no império estaria garantida.

E eu não cometi erros.

Eu olhei em direção ao desfiladeiro a frente, as Thermopylai. Na história que aprendi deste mundo, um passado distante para meus mestres Therquianos, mas o futuro em relação a meu nascimento na terra, aqui iniciaria a derrota de Xerxes e seu exército. Durante dias, milhares de gregos, liderados pelos espartano, deteriam todas as centenas de milhares de soldados do império Persa. O atraso, somado ao impacto na moral das tropas, faria a diferença que resultaria na vitória grega.

Eu garanti ao rei Xerxes que nesta realidade a história seria diferente.

O rei se aproximou, para me consultar uma última vez antes da batalha. Finalmente eu havia conquistado sua confiança, após meses mostrando o valor de minhas palavras.

- Ainda reluto em acreditar no que dizes, enviado dos Deuses. Mesmo com todas as vantagens que o terreno lhes concede, poderiam mesmo alguns poucos milhares de espartanos deter o avanço de meu exército?

- Meu rei, como lhe disse, não há outro exército nesta época que se compare ao de Esparta. Por isto insisti tanto que tentasse de todas as formas que eles não participassem desta guerra.

- Os espartanos são tolos, mas tolos teimosos, e recusaram minhas ofertas.

- Os deuses me mostraram o futuro meu Rei, e embora saiba o quanto minhas palavras o feriram, a verdade é que serias derrotado nesta guerra. Felizmente conseguimos outra forma para garantir que o exército de Esparta não estaria aqui.

- Sem o apoio dos deuses, nenhuma vitória é garantida. Mas vieste para me trazer a visão dos deuses, e também para me garantir a vitória.

- Vivo para servi-lo, meu Rei. - E a meus mestres Therquianos, eu pensei em silêncio, e me vi novamente um garoto, de 7 anos, a beira da morte, único ainda vivo de minha tribo, em um passado ainda mais distante do que este que estou, no dia que fui salvo.

"Alterar o tempo é perigoso". Foi a primeira lição de meus mestres. A Liga Galática puniria o Império Therquiano se soubesse o que estávamos fazendo, por isto só teríamos uma chance de agir, apenas um pequeno movimento, com mínimo sinal de interferência.

Era para isto, para este momento, que eu ainda vivia. Salvo e criado como cidadão Therquiano, apenas para voltar novamente ao passado, mas um passado após o meu para evitar um paradoxo, e garantir a derrota da Grécia.

Com a Grécia derrotada, conforme todas as nossas projeções, no ano 2100 da calendário cristão - se é que haveria uma era cristã - a humanidade ainda não teria pisado na lua, e portanto não estaria protegida de absorção pelo Império Therquiano, de acordo com as leis da Liga.

- Praticamente não haverá Espartanos entre os guerreiros no desfiladeiro, meu senhor, e isto fará toda a diferença. Eu influenciei as previsões dos oráculos deles, proibindo-os de enviar seu exército para cá.

- No entanto - o Rei Xerxes parou um instante, depois continuou - no entanto existem alguns espartanos lá embaixo.

Eu rio da ingenuidade do Rei, mesmo sabendo que rir de um Rei sempre é um perigo. - Apenas uma guarda pessoal, nada que faça qualquer diferença nesta batalha. Apenas um punhado de soldados que nem serão mencionados nos livros de história. Posso garantir, meu Rei, que por mais valorosos que sejam, aqueles lá embaixo não são em número suficiente para ter qualquer importância. Dentre eles, de espartanos, não há mais de trezentos.


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